Conversa entre duas pessoas da minha familia que eu considerava mais ou menos razoáveis relativamente à homossexualidade:
A: Nunca se viu uma concentração tão grandes deles.
B: Só paneleiros . Paneleiros e fufas.
A conversa continuou dentro destes parâmetros, a referir que A tem um amigo homossexual e B é uma jovem que está na flor da idade. Por onde anda a decência? É que eu perdi-lhe o rasto...
Esta discussão do casamento por pessoas do mesmo sexo tem na verdade proporcionado momentos de rara palermice, mas, meus queridos, haja respeito!
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Fui ver o filme "O estranho caso de Benjamin Button". Só queria fazer uma referência a algo que passa despercebido em toda a beleza do filme e em todo o enredo. O papel daquela mãe, que assume um bebé diferente, que aceita a diferença.
É muito difícil ser-se mãe de uma criança diferente, toda a vida ouvimos dizer "Quando tiveres filhos vais ver as despesas que vais ter com os telefonemas", nunca ninguém nos diz "Quando tiveres filhos vais ver as despesas que vais ter com equipamento especializado", toda a gente nos diz "Começa já a poupar para as propinas da faculdade", nunca ninguém nos diz "Começa a poupar para tratamentos caríssimos", toda a gente nos diz "Depois vê-los sair de casa é que dói", nunca ninguém nos diz "Depois vê-los dependentes de nós para sempre é que dói". Naturalmente que nunca ninguém nos diz isto, eu não diria a ninguém, mas as expectativas que se criam não só pela mãe, por todos, são totalmente abaladas.
É muito difícil ver jovens, já no inicio da sua maioridade, que têm visivelmente algum défice e que os pais, com medo das respostas, optam por desprezar. E isto acontece mais do que eu imaginava. É natural ver crianças com indícios de alguma perturbação do desenvolvimento mas que os pais vão justificando com "Ah, o pai também começou a falar tarde", "Ah, eu também não tinha jeito nenhum para tudo o que fosse físico" e assim adiar o diagnóstico uns meses, é grave, é preocupante e principalmente é retirar as possibilidades terapeuticas deixar estas situações arrastarem-se até à casa dos 20 anos... Infelizmente isto acontece. Sinceramente, entendo estes pais, percebo a sua angústia, o seu sentimento de culpa e a sua incapacidade para reagir, como é que, alguém de fora, chega e diz "Isto não é normal!?" É fundamental que se entenda que em crianças pequenas se pode fazer tanto, mas tanto, e que não é de forma nenhuma comparável com idades posteriores. É angustiante para quem vê estas situações e não pode fazer nada. É ver o sofrimento da pessoa, ver um futuro que poderia ser muito mais promissor, mas que, infelizmente, nada é feito...
É muito difícil ser-se mãe de uma criança diferente, toda a vida ouvimos dizer "Quando tiveres filhos vais ver as despesas que vais ter com os telefonemas", nunca ninguém nos diz "Quando tiveres filhos vais ver as despesas que vais ter com equipamento especializado", toda a gente nos diz "Começa já a poupar para as propinas da faculdade", nunca ninguém nos diz "Começa a poupar para tratamentos caríssimos", toda a gente nos diz "Depois vê-los sair de casa é que dói", nunca ninguém nos diz "Depois vê-los dependentes de nós para sempre é que dói". Naturalmente que nunca ninguém nos diz isto, eu não diria a ninguém, mas as expectativas que se criam não só pela mãe, por todos, são totalmente abaladas.
É muito difícil ver jovens, já no inicio da sua maioridade, que têm visivelmente algum défice e que os pais, com medo das respostas, optam por desprezar. E isto acontece mais do que eu imaginava. É natural ver crianças com indícios de alguma perturbação do desenvolvimento mas que os pais vão justificando com "Ah, o pai também começou a falar tarde", "Ah, eu também não tinha jeito nenhum para tudo o que fosse físico" e assim adiar o diagnóstico uns meses, é grave, é preocupante e principalmente é retirar as possibilidades terapeuticas deixar estas situações arrastarem-se até à casa dos 20 anos... Infelizmente isto acontece. Sinceramente, entendo estes pais, percebo a sua angústia, o seu sentimento de culpa e a sua incapacidade para reagir, como é que, alguém de fora, chega e diz "Isto não é normal!?" É fundamental que se entenda que em crianças pequenas se pode fazer tanto, mas tanto, e que não é de forma nenhuma comparável com idades posteriores. É angustiante para quem vê estas situações e não pode fazer nada. É ver o sofrimento da pessoa, ver um futuro que poderia ser muito mais promissor, mas que, infelizmente, nada é feito...
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Dúvida
Dúvida... Foi o último filme que vi... Dúvidas, muitas dúvidas, pragas de dúvidas, milhões de dúvidas... Dúvidas, indecisões, inquietações, sem certezas... Chamemos-lhe o que quisermos. Dúvidas são dúvidas! As dúvidas atormentam-nos, fazem-nos pensar quem somos, o que fazemos, o que queremos... No filme há uma certa altura em que uma personagem diz que a dúvida é tão poderosa como a certeza, para mim é ainda mais poderosa. A dúvida faz me perder o sono, a certeza não. A dúvida faz-me pôr tudo em causa, a certeza não.A dúvida faz-me afastar das pessoas de quem gosto, a certeza não. A dúvida faz-nos mentir, omitir... a certeza a mim não faz! A verdade é que não existem certezas sem primeiro existirem dúvidas. Mas o que é que fazemos quando vemos que a dúvida não está a levar a uma certeza? Nada... Eu já não faço nada...
Espero...
Espero...
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
mail...
O que há de mais enlouquecedor do que estar em frente a um computador, entediantemente, à espera de um mail? Aposto que muita coisa, mas neste momento não me ocorre mais nada... A não ser o facto de hoje, dia em que espero ansiosamente o dito mail estarem a chegar continuamente variados mails sem o mínimo de interesse. Acreditem, aumenta bastante a irritação! (Irritante também é eu reler o parágrafo e ver a repetição consecutiva da palavra 'mail' e não me vir nenhuma alternativa à cabeça...)
Ai ai, se eu fosse um animal queria ser o MEU gato, não um gato qualquer, mas sim o MEU gato! Um mero mail não é coisa que o enerve...
Ai ai, se eu fosse um animal queria ser o MEU gato, não um gato qualquer, mas sim o MEU gato! Um mero mail não é coisa que o enerve...
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Novos tempos, novos tipos de amigos.
Esitem os amigos que conhecemos na realidade, com quem conversamos pessoalmente e com quem nenhuma outra forma de comunicação faz sentido. Mesmo dentro destes amigos existem aqueles com quem tem sentido falar de uma determinada forma, num determinado sitio, é estranho, mas acontece-me. Não vale a pena tentar falar no carro com amigos com quem a comunicação desde sempre se fez frente a frente, muita informação visual se perde, informação essa a que nos habituámos e sem a qual a interacção é incompleta.
Há amigos com quem se fala ao telefone, e com quem a conversa pessoal não se parece desenvolver, encontram-se formas de comunicar, aprendem-se as sequências da conversa, reconhecem-se as tomadas de palavra, sabe-se o funcionamento da interacção. Reconhecemos perfeitamente todos os tons de voz, todas as entoações, todos os sons de fundo...
Existem ainda amigos que, apesar de estar todos os dias com eles, o que tem sentido na nossa relação é a Internet (commumente o MSN), não vale a pena a relação pessoal, esta é até ridícula, as posturas, os ritmos, os gestos,... não encaixam, parecemos dois estranhos a falar. Dois estranhos que na realidade sabem como ninguém como interpretar cada palavra escrita, cada demora, cada intenção de cada frase.
Com muitos dos meus melhores amigos não sei falar pessoalmente, mas falamos sobre as coisas mais incríveis pela Internet, quem nos vê no dia-a-dia nunca o diria. Com outros rege o telefone. Com outros a conversa pessoal. Tenho amigos com quem não consigo manter conversas por telefone, falamos ao mesmo tempo, não nos ouvimos. Outros com quem a Internet não funciona, perde-se a entoação, a ironia, o tom de voz...
Serão os amigos com quem falamos pessoalmente os melhores amigos? Serão os amigos com quem falamos pessoalmente que nos conhecem melhor? Serão essas as amizades mais verdadeiras?
Às vezes penso que estou a falar com um monitor, com alguém que na realidade não conheço, que me conta a sua vida, a quem eu conto a minha, e a quem, no dia seguinte, apenas dirijo um tímido "Bom dia". No entanto estes amigos sabem por vezes mais que os outros, estão comigo naquelas horas mais difíceis, em que a noite se apodera, em que os sentimentos se reavivam, em que muita coisa acontece.
Mas de entre todos os tipos de amigos será que algum nos conhece? A mim? Não...
(PS - Fique muito contente ao ver que tinha comentários... Obrigada! Voltem, comentem, façam deste espaço o vosso)
Há amigos com quem se fala ao telefone, e com quem a conversa pessoal não se parece desenvolver, encontram-se formas de comunicar, aprendem-se as sequências da conversa, reconhecem-se as tomadas de palavra, sabe-se o funcionamento da interacção. Reconhecemos perfeitamente todos os tons de voz, todas as entoações, todos os sons de fundo...
Existem ainda amigos que, apesar de estar todos os dias com eles, o que tem sentido na nossa relação é a Internet (commumente o MSN), não vale a pena a relação pessoal, esta é até ridícula, as posturas, os ritmos, os gestos,... não encaixam, parecemos dois estranhos a falar. Dois estranhos que na realidade sabem como ninguém como interpretar cada palavra escrita, cada demora, cada intenção de cada frase.
Com muitos dos meus melhores amigos não sei falar pessoalmente, mas falamos sobre as coisas mais incríveis pela Internet, quem nos vê no dia-a-dia nunca o diria. Com outros rege o telefone. Com outros a conversa pessoal. Tenho amigos com quem não consigo manter conversas por telefone, falamos ao mesmo tempo, não nos ouvimos. Outros com quem a Internet não funciona, perde-se a entoação, a ironia, o tom de voz...
Serão os amigos com quem falamos pessoalmente os melhores amigos? Serão os amigos com quem falamos pessoalmente que nos conhecem melhor? Serão essas as amizades mais verdadeiras?
Às vezes penso que estou a falar com um monitor, com alguém que na realidade não conheço, que me conta a sua vida, a quem eu conto a minha, e a quem, no dia seguinte, apenas dirijo um tímido "Bom dia". No entanto estes amigos sabem por vezes mais que os outros, estão comigo naquelas horas mais difíceis, em que a noite se apodera, em que os sentimentos se reavivam, em que muita coisa acontece.
Mas de entre todos os tipos de amigos será que algum nos conhece? A mim? Não...
(PS - Fique muito contente ao ver que tinha comentários... Obrigada! Voltem, comentem, façam deste espaço o vosso)
sábado, 17 de janeiro de 2009
terça-feira, 7 de outubro de 2008
6 meses lá vão..
Não há nada a escrever, tudo o que sinto já foi sintetizado, e agora, quando por acaso parei aqui, revi tudo, e as dúividas acentuaram-se, e os medos duplicaram e a vontade de experimentar, de viver as diferentes realidades cresceram...
Que inferno com o qual não sei viver! Que inferno...
Não há nada a escrever, tudo o que sinto já foi sintetizado, e agora, quando por acaso parei aqui, revi tudo, e as dúividas acentuaram-se, e os medos duplicaram e a vontade de experimentar, de viver as diferentes realidades cresceram...
Que inferno com o qual não sei viver! Que inferno...
domingo, 4 de maio de 2008
Depois de um fim-de-semana agitado venho cheia de lesões e com a sensação de que não fiz nada (academicamente falando)...
A vontade de estudar não é nenhuma mas a necessidade é grande.
Sinto que me tenho dispersado e feito muito pouco do que devo, ultimamente ando com a cabeça a milhas cheia de dúvidas e ansiedades, tenho medo de dar um passo em frente porque não iria suportar ter de dar esse passo para trás por me ter precipitado. Sempre fui uma rapariga cheia de certezas, que reagia rapidamente aos imprevistos e que assumia prontamente a minha posição face a tudo e, por isso, para mim e tão difícil ter dúvidas e não poder dizer o que quero e o que sou. Nunca pensei que com a minha idade fosse ter este género de incertezas, relacionadas com questões que para mim nunca foram ambíguas.
Tenho de me habituar a este novo estatuto, não sei quando irei passar a outro...
A vontade de estudar não é nenhuma mas a necessidade é grande.
Sinto que me tenho dispersado e feito muito pouco do que devo, ultimamente ando com a cabeça a milhas cheia de dúvidas e ansiedades, tenho medo de dar um passo em frente porque não iria suportar ter de dar esse passo para trás por me ter precipitado. Sempre fui uma rapariga cheia de certezas, que reagia rapidamente aos imprevistos e que assumia prontamente a minha posição face a tudo e, por isso, para mim e tão difícil ter dúvidas e não poder dizer o que quero e o que sou. Nunca pensei que com a minha idade fosse ter este género de incertezas, relacionadas com questões que para mim nunca foram ambíguas.
Tenho de me habituar a este novo estatuto, não sei quando irei passar a outro...
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Eu pessoalmente...
"Eu pessoalmente" não é mais do que uma forma de ver a vida, onde onde cada um é como cada qual mas onde cada um finge ser como os outros, onde cada um inibe o seu ser para se incluir nos padrões socialmente aceites, onde eu própria o faço todos os dias, a toda a hora...
Não finjo o que sei que sou, só finjo que sei o que sou...
A necessidade de rótulos e de categorizar é inata, e eu, que sempre me disse contra, preciso agora de um onde me encaixar, de poder dizer "eu sou ...", para me poder afirmar, defender as minhas ideias e viver segundo elas, livremente, abertamente e, acima de tudo, com certezas... Não me importa pertencer a uma minoria, que essa minoria seja discriminada, que a vida vá ser dificil e cheia de barreiras... sinto que tenho força para isso, só não sinto as certezas que me permitem afirmar convictamente o meu "eu pessoal".
Não finjo o que sei que sou, só finjo que sei o que sou...
A necessidade de rótulos e de categorizar é inata, e eu, que sempre me disse contra, preciso agora de um onde me encaixar, de poder dizer "eu sou ...", para me poder afirmar, defender as minhas ideias e viver segundo elas, livremente, abertamente e, acima de tudo, com certezas... Não me importa pertencer a uma minoria, que essa minoria seja discriminada, que a vida vá ser dificil e cheia de barreiras... sinto que tenho força para isso, só não sinto as certezas que me permitem afirmar convictamente o meu "eu pessoal".
Eu pessoalmente sou isto e muito mais...
domingo, 27 de abril de 2008
Mas por que raio a vida não é assim tão simples??
Porque é que há os "talvez" , os "mais ou menos" e os "não sei"??
Ora reparemos bem, neste diagrama só estás mesmo lixado quando não podes culpar outra pessoa!
Moral da história, ou no caso, do diagrama, garante sempre que tens alguém que podes culpar para o caso de a coisa correr mal...
Há que jogar pelo seguro!
Porque é que há os "talvez" , os "mais ou menos" e os "não sei"??
Ora reparemos bem, neste diagrama só estás mesmo lixado quando não podes culpar outra pessoa!
Moral da história, ou no caso, do diagrama, garante sempre que tens alguém que podes culpar para o caso de a coisa correr mal...
Há que jogar pelo seguro!
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